domingo, 25 de janeiro de 2015

Vontade de ti.


Que dor e que satisfação... aquele ignorar de voz e de toque.
 Sinto arrepios no corpo todo. Especialmente no peito, onde jaz esta pedra latejante que emana sangue.
                Ai! Que bom esta frieza do teu ser. Essa essência insípida que me corrói as entranhas e me faz desejar-te mais. Um dia de desprezo, mil horas de afastamento. Não importa.
Faz-me querer o impossível que é odiar-te sem dó.
Interessante como esse olhar ardente ainda não me queimou a pele e fez gritar de sofrimento. Ou esse dom da palavra que tens e me atrai constantemente.
Só me quero afastar. Ir para longe de ti e esquecer este efeito cruel que tens em mim.
Só quero ter-te e não te tenho porque te vejo perder por falsos amantes.
Esse poder que tens não mais ninguem o tem.
Essas mãos penetrantes de palavras na minha boca.
Que martírio! Desaparece que não te quero... longe! Aqui, os dois sós e nus, rejeitando-nos um ao outro como se se tratasse de pecado. Pecado só de pensar. Que nojo me metes com essa tua forma de ser que me magnetiza.
Desisto, desisto de te ignorar, mas por favor, vai-te embora que só trazes maldade. Leva contigo este meu corpo escravo da tua insana ideia. E deixa, deixa comigo as memórias de emoções ardentes que me destroem o senso. Deixa também a minha derrota, por te querer e não querer, por te glorificar e me desprezares. Porque eu sou mesmo isso: um objeto do teu veneno pecaminoso.
Leva a minha alma pura de sentidos e entrega-me o desprezo e a raiva que tens, sempre fico com algo teu para me satisfazer a vontade.
Lucem, 


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